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Mais de 655 mil vivem abaixo da linha da miséria no Piauí
O Piauí tem mais de 20% da população vivendo em condição de miséria. Segundo dados do Governo do Estado, são mais de 655 mil piauienses vivendo abaixo da linha da miséria, com renda de R$ 70, por mês. O Governo informou que há menos de dez anos eram 40% da população vivendo nesta situação. Outros 550 mil pessoas vivem às custas do Bolsa Família. Hoje a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participou do lançamento do Programa Mais Viver, ao lado do governador do Piauí, Wilson Martins.
O programa visa complementar as ações do Plano Brasil Sem Miséria. No Mais Viver serão apresentadas as principais ações do programa nas áreas de saúde, educação, assistência social e inclusão produtiva.
Há dez anos o Piauí tinha 1,2 milhão de piauienses na condição de miseráveis. Os programas de inclusão social com o Bolsa Família promoveram a mudança de miserável para pobre de cerca de 500 mil piauienses.
Para reduzir esse contingente de miseráveis, o governo trabalha três eixos: garantia de renda, inclusive através do Bolsa Família, onde as pessoas teriam o mínimo para sobreviver; acesso aos serviços públicos com qualidade como saúde, educação e segurança, sendo que o poder público deve estar mais próximo da população e oferecer mais resolutividade; e promover a inclusão produtiva através de programas de garantia de renda para que as pessoas deixem de depender dos programas de inclusão social e passem a gerar renda.
Segundo informações confirmadas pelo Coordenador de Comunicação do Estado, jornalista Fenelon Rocha, dois terços da população vive na zona rural e são trabalhadores rurais,que precisam de estimulo dos arranjos produtivos promovidos pelo Governo do Estado. Os outros um terço vivem nas sedes das cidades e devem passar por programa de qualificação profissional.420 mil piauienses deixaram a faixa da extrema pobreza somente neste ano. Com os novos números, o Piauí acumula uma redução de miseráveis na ordem de 1,5 milhões, no período de 2003 a 2012. Os dados foram apresentados pelo economista Cezar Fortes, secretário estadual de planejamento, em reunião com um grupo de executivos realizada na última semana.
O secretário atribui a redução aos programas de transferência de renda do Governo Federal, principalmente o recém-lançado Brasil Carinhoso. "Nós tínhamos aqui em baixo [área de extrema pobreza] algo em volta de 20% da nossa população, o que corresponde a 600 mil pessoas, mais ou menos 165 mil famílias. Com o Brasil Carinhoso, 105 mil famílias foram atingidas. Sobraram 60 mil famílias, o que corresponde a 8 % da população piauiense", explica o secretário. No Brasil, são considerados abaixo da linha da pobreza aqueles com renda mensal abaixo de R$ 70,00.
O programa Brasil Carinhoso foi lançado pela presidenta Dilma Rousseff no último Dia das Mães, 13 de maio, com o objetivo de retirar da miséria absoluta todas as famílias brasileiras que tenham crianças até 6 anos de idade. "Quando a presidente [Dilma Rousseff] tomou posse, ela identificou, através do IBGE, que existiam 16,5 milhões de brasileiros nessa situação. Desses dez [milhões] estavam no Nordeste e desses dez, 650 [mil] estavam no Piauí", lembra o secretário ao ressaltar que os números de 2010, consolidados pelo IBGE, já apontavam uma redução de 1 milhão de piauienses da linha de extrema pobreza no período de 2003 a 2010.
O economista também ressalta que no mesmo período houve uma significativa redução da desigualdade social no estado. Segundo dados da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, a renda dos mais pobres cresceu 16% enquanto a dos mais ricos ficou em torno de 6%. "Esta é a classe do consumo. Quem está interessado em fazer negócios, deve ficar atento, porque a tendência é crescer mais ainda", analisa o gestor.
O mesmo estudo da Presidência da República apresenta que o índice GENI, parâmetro para verificar a desigualdade social, teve uma importante queda no Piauí. Saiu de 0,636 em 2003 para 0,555 em 2009. Quanto mais baixo for o número, menor será a desigualdade.
A melhoria dos indicadores, no entanto, ainda está atrelada aos recursos assistenciais do Governo Federal. Por ano, o Piauí recebe mais de R$2,5 bilhões através dos programas Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Brasil Carinhoso e Previdência Social. Cezar Fortes explica que o Piauí, historicamente, sempre foi dependente dos recursos de Brasília, mas lembra que é uma realidade que começa a muda. "Acho que o Piauí está entrando em uma nova fase agora, de atrair investimentos do capital privado. Queremos criar mecanismos de atração de capital externo para transformar esse potencial em realidade", pontua o secretário.
Mais de 655 mil vivem abaixo da linha da miséria no Piauí
O Piauí tem mais de 20% da população vivendo em condição de miséria. Segundo dados do Governo do Estado, são mais de 655 mil piauienses vivendo abaixo da linha da miséria, com renda de R$ 70, por mês. O Governo informou que há menos de dez anos eram 40% da população vivendo nesta situação. Outros 550 mil pessoas vivem às custas do Bolsa Família. Hoje a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participou do lançamento do Programa Mais Viver, ao lado do governador do Piauí, Wilson Martins.
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O programa visa complementar as ações do Plano Brasil Sem Miséria. No Mais Viver serão apresentadas as principais ações do programa nas áreas de saúde, educação, assistência social e inclusão produtiva.
Há dez anos o Piauí tinha 1,2 milhão de piauienses na condição de miseráveis. Os programas de inclusão social com o Bolsa Família promoveram a mudança de miserável para pobre de cerca de 500 mil piauienses.
Para reduzir esse contingente de miseráveis, o governo trabalha três eixos: garantia de renda, inclusive através do Bolsa Família, onde as pessoas teriam o mínimo para sobreviver; acesso aos serviços públicos com qualidade como saúde, educação e segurança, sendo que o poder público deve estar mais próximo da população e oferecer mais resolutividade; e promover a inclusão produtiva através de programas de garantia de renda para que as pessoas deixem de depender dos programas de inclusão social e passem a gerar renda.
Segundo informações confirmadas pelo Coordenador de Comunicação do Estado, jornalista Fenelon Rocha, dois terços da população vive na zona rural e são trabalhadores rurais,que precisam de estimulo dos arranjos produtivos promovidos pelo Governo do Estado. Os outros um terço vivem nas sedes das cidades e devem passar por programa de qualificação profissional.420 mil piauienses deixaram a faixa da extrema pobreza somente neste ano. Com os novos números, o Piauí acumula uma redução de miseráveis na ordem de 1,5 milhões, no período de 2003 a 2012. Os dados foram apresentados pelo economista Cezar Fortes, secretário estadual de planejamento, em reunião com um grupo de executivos realizada na última semana.
O secretário atribui a redução aos programas de transferência de renda do Governo Federal, principalmente o recém-lançado Brasil Carinhoso. "Nós tínhamos aqui em baixo [área de extrema pobreza] algo em volta de 20% da nossa população, o que corresponde a 600 mil pessoas, mais ou menos 165 mil famílias. Com o Brasil Carinhoso, 105 mil famílias foram atingidas. Sobraram 60 mil famílias, o que corresponde a 8 % da população piauiense", explica o secretário. No Brasil, são considerados abaixo da linha da pobreza aqueles com renda mensal abaixo de R$ 70,00.
O programa Brasil Carinhoso foi lançado pela presidenta Dilma Rousseff no último Dia das Mães, 13 de maio, com o objetivo de retirar da miséria absoluta todas as famílias brasileiras que tenham crianças até 6 anos de idade. "Quando a presidente [Dilma Rousseff] tomou posse, ela identificou, através do IBGE, que existiam 16,5 milhões de brasileiros nessa situação. Desses dez [milhões] estavam no Nordeste e desses dez, 650 [mil] estavam no Piauí", lembra o secretário ao ressaltar que os números de 2010, consolidados pelo IBGE, já apontavam uma redução de 1 milhão de piauienses da linha de extrema pobreza no período de 2003 a 2010.
O economista também ressalta que no mesmo período houve uma significativa redução da desigualdade social no estado. Segundo dados da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, a renda dos mais pobres cresceu 16% enquanto a dos mais ricos ficou em torno de 6%. "Esta é a classe do consumo. Quem está interessado em fazer negócios, deve ficar atento, porque a tendência é crescer mais ainda", analisa o gestor.
O mesmo estudo da Presidência da República apresenta que o índice GENI, parâmetro para verificar a desigualdade social, teve uma importante queda no Piauí. Saiu de 0,636 em 2003 para 0,555 em 2009. Quanto mais baixo for o número, menor será a desigualdade.
A melhoria dos indicadores, no entanto, ainda está atrelada aos recursos assistenciais do Governo Federal. Por ano, o Piauí recebe mais de R$2,5 bilhões através dos programas Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Brasil Carinhoso e Previdência Social. Cezar Fortes explica que o Piauí, historicamente, sempre foi dependente dos recursos de Brasília, mas lembra que é uma realidade que começa a muda. "Acho que o Piauí está entrando em uma nova fase agora, de atrair investimentos do capital privado. Queremos criar mecanismos de atração de capital externo para transformar esse potencial em realidade", pontua o secretário.
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